sábado, 29 de novembro de 2014


Querido Danilo
Ao ler esse poema de Manuel de Barros lembrei, instantaneamente, de você e, por isso, dedico lhe amigo:

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

RESPOSTA Á CARTA.

Querida  AMIGA E PROFESSORA Angela.

Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos simplesmente sou eu! olha irei trabalhar este poema sem dúvida com meus alunos, sempre que trocamos ideia tudo vira aula tudo se torna projeto! lembre quando eu tiver minha própria escola quero você TRABALHANDO COMIGO!
Saudações 

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